quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Balistica

1 º Disparo

As armas de caça submarina não tem massa de mira e mesmo que tivessem, de pouco adiantaria. A mira faz-se com o prolongamento do braço, acertando a linha de visada ao longo do cano da arma, procurando guiar o tiro por aproximação.

No momento do tiro o caçador deve permanecer imóvel, para evitar o desvio do arpão.

Em ordem de preferência e, se pudéssemos escolher o melhor ponto de impacto do arpão, em primeiro lugar viria o cérebro do peixe.
É o ponto mortiforo do peixe onde conseguimos “apagá-lo”, isto é, imobilizá-lo totalmente, impedindo-o de se refugiar nas tocas ou debater-se tentando livrar-se do arpão.

O tiro deverá ser frontal e atingir o peixe de cima para baixo. No caso do peixe se apresentar de lado, o caçador deve procurar acertar o tiro o mais próximo possível da cabeça e, de preferência, na metade superior, tomando como base o inicio da linha lateral com o opérculo branquial.

Devemos considerar que os peixes não tem sensibilidade dolorosa. Desta forma, ao serem atingidos no centro do corpo, por exemplo, continuam com toda a vitalidade, procurando de toda forma desvencilhar-se do arpão que, por vezes “rasgam” e o caçador perde sua presa.

Para acertar num peixe de passagem, que passa velozmente na frente do caçador, a mira deve ser feita na direção da boca que, com o movimento do peixe e com a velocidade do arpão, certamente será atingida nas proximidades do opérculo branquial.


Deve ter-se em mente que no momento do tiro, o braço deve estar estendido e firme de forma a oferecer o máximo de apoio e resistência ao recuo da arma, porque devido à densidade da água, sabe-se que o arpão precisa de força para acelerar e vencer a sua resistência e, se no momento do tiro o braço estiver “mole” não conseguirá os mesmos resultados.

Disparar a arma muito próximo a peixes grandes, pode ser contraproducente, pois devido ao mecanismo propulsor das armas, o arpão precisa percorrer um espaço fora do bocal, para adquirir total aceleração e eficácia no impacto.

2º Disparo

Muitas vezes podemos nos deparar com a necessidade de um segundo tiro, quer seja para retirar um peixe da toca como por exemplo a garoupa, ou mesmo para assegurar a recuperação de um badejo. Nestes casos é fundamental que os caçadores estejam munidos de equipamentos perfeitamente funcionais, para evitar perda de tempo que pode custar a perda do peixe.

A bóia poderá ser de grande ajuda nestes casos, pois poderá fornecer de imediato um segundo arpão, um bicheiro ou mesmo uma lanterna pequena e potente .

O caçador deve ter preparado no seu equipamento um arpão reserva desprovido de barbela, que servirá para apagar um peixe entocado, ao mesmo tempo que permite a retirada do arpão com facilidade.

Fontes: Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas

Posted and adapted by: jotasub

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