Para entrar e "agarrar" bem, o arpão tem de estar sempre bem afiado.
Nesta forma de afiar o arpão, o mesmo irá sofrer menos com os toques nas pedras.
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" Somos todos amadores no inicio do mergulho; alguns de nós amadores com mais sorte que os outros "
Posted by: jotasub
Sempre que pretendemos fazer a troca dos elásticos da nossa arma, por vezes ficamos na dúvida sobre qual o tamanho adequado dos elásticos que devemos adquirir!
A tabela abaixo informa sobre os tamanhos correctos dos elásticos (circulares ou de rosca) a serem utilizados em cada tipo de arma, variando os mesmos de acordo com o tamanho da arma e do respectivo arpão.
Posted by: jotasub
Caça á Espera ou Agachon
A caça á espera, também conhecido por "agachon", é mais exigente do ponto de vista físico do que qualquer outro tipo de caça, pois obriga a que tenhamos que fazer máximo uso da nossa apneia. É também neste tipo de caça que melhor temos que nos camuflar, aproveitando os relevos, as algas e, para isso, nada melhor que usar fatos camuflados.
Dependendo do fundo e da espécie a capturar, a caça á espera ou agachon pode ser bastante exigente a nível físico e técnico, pois pode implicar caçar fundo e com apneias longas.
A técnica do agachon ou espera consiste em despertar a curiosidade do peixe, de modo a que seja este a aproximar-se do caçador.
Para isso, é importante o caçador transmitir confiança no peixe, de forma a que este perca o receio e se aproxime o suficiente para ser capturado.
Ao agachon, podemos caçar o peixe que passa sem se aperceber da nossa presença, ou tentar atraí-lo justamente pela nossa presença.
Na caça ao agachon em águas limpas é essencial uma boa dissimulação e um bom alcançe, por isso é importante o uso de:
- fato camuflado
- barbatanas transparentes
- arma longa
A caça ao agachon tem melhores resultados em fundos rochosos, mas também pode ser praticada em fundos arenosos.
Na caça ao agachon é provável apanhar um peixe de maior porte, por isso é aconselhável a utilização de um carreto na arma.
Convém estarmos bem lastrados, pois este tipo de caça exige imobilidade total em determinadas situações.
Podem-se usar inclusivé, pesos nos tornozelos para que as barbatanas não nos denunciem pela sua flutuabilidade.
Na caça ao agachon é provável que se sinta frio ao fim de algum tempo por causa das longas permanências no fundo.
Dica:
Depois de estar bem dissimulado no fundo,o caçador deve estar virado para o lado onde viu fugir o peixe à superficie ou durante a descida e, de preferência, a favor da corrente e do sol, pois as grandes presas gostam de nadar contra a corrente e a luz sempre ajuda na camuflagem.
A imobilidade total no fundo é fundamental para que o peixe se aproxime do caçador.
Uma boa espera inicia-se com um bom “pato”, seguida de uma descida calma e silenciosa e durante a descida é importante escolher o local para “aterrar”e ali fazer a espera.
O local deve proporcionar o máximo de dissimulação ao caçador (uma pedra alta ou um buraco é o ideal) e pode até servir de apoio ao caçador para se poder agarrar, para não ser balanceado pela força do mar.
Posted by: jotasub
A edição especial da revista PESCA SUBMARINA, contém uma reportagem acerca deste tema em que uma praticante natural da Madeira, de nome Lúcia Carvalho, é a entrevistada e em determinado momento da entrevista, a mesma profere uma frase, mais ou menos assim:
"... A Caça Sub não é um desporto de homens, é um desporto de todos. "
Será que estamos perante uma nova técnica de caçasub ou estamos mesmo perante um novo ARMSTRONG oceanauta que nos brinda com uma demonstração cabal de que o HOMEM, além de o já ter feito na LUA, também é capaz de andar no fundo do mar.
Cá para mim, é mais um pequeno passo para o HOMEM e mais um grande passo para a HUMANIDADE!!!
Será????
É requerida uma grande capacidade de observação, uma vez que em fundos acidentados, poderão existir os abrigos mais inimagináveis, e por vezes são mesmo estes que o peixe elege para entocar.
O peixe poderá ser surpreendido num buraco, porque de uma maneira geral é assim que vive, caso do safio, e moreia por exemplo, ou então porque pretende descansar, esconder-se de algum perigo, ou para se alimentar, é o caso dos sargos, douradas, robalos, corvinas, etc.
Existem porém peixes que em regra não entocam, tal como o salmonete, ou o fazem de uma forma diferente, como o linguado, que atinge os seus objectivos por intermédio da areia dos fundos.
A aproximação a um buraco, deverá ser feita com a maior descrição possível e após uma observação atenta do local, sem provocar ruído, e tendo em mente que aquilo que pretendemos é vir a criar um tipo de situação em que o peixe sinta a necessidade de permanecer entocado, assim, antes de procedermos á inspecção do interior do buraco, no caso de existir peixe que vogue no exterior do mesmo, deverá ser este o primeiro a ser capturado, o peixe entocado apercebendo-se disso, terá tendência a permanecer no seu esconderijo.
Finda esta primeira fase, ou dada a inexistência de peixe no exterior do buraco, chegou a altura de o inspeccionarmos, e caso tenhamos a certeza da existência de peixe no seu interior, ou tenhamos fortes motivos para suspeitar da sua presença, devemos proceder de forma a que, dependendo da morfologia do local, consigamos introduzir apenas a cabeça da arma, espreitando discretamente, e estando preparados para um tiro reflexivo, tendo o cuidado de disparar primeiro aos peixes que se encontrarem mais próximos da entrada.
I Campeonato da Madeira de Caça Submarina
Márcio Cardoso e Élvio Santana são os primeiros campeões regionais de caça submarina.
O campeonato da modalidade foi organizado pelo Clube Naval do Funchal no último dia 2 de Outubro no mar da Ponta do Pargo e da Fajã dos Padres.
A prova foi disputada em duas jornadas e contou com 20 inscritos.
Cláudio Vieira e Daniel Jardim do CNF, apesar de terem capturado o maior exemplar - uma tainha com 1870 gramas - tiveram de se contentar com a segunda posição, levando para casa o Troféu João Borges, numa evocação a um desportista notável, que foi um dos sócios fundadores do Clube Naval do Funchal. João Silva/Duarte Vieira foram os terceiros classificados.
Os pescadores que optaram por fazer uma caça ao buraco capturaram algumas tainhas de bom porte e alguns sargos. Aqueles que optaram pelas emboscadas (caça à espera) tiveram pouca sorte pois o peixe esquivava-se.
O mar da Fajã dos Padres permitiu uma safra melhor (38 Kg) do que aquela obtida na Ponta do Pargo (32 kg), tendo sido o bodião (29 kg) a espécie mais capturada, seguido da tainha (14 kg) e do sargo comum (10 kg).
Após a pesagem do peixe seguiu-se a entrega de prémios, que se realizou durante o jantar convívio que decorreu na sede social da nossa colectividade situada na Quinta Calaça.
A cerimónia contou com a presença da presidente do Clube Naval, Mafalda Freitas, bem como do representante da FPAS, Pedro Gomes, e da responsável pelo Departamento de Actividades Subaquáticas do CNF Paula Menezes.
Fonte: CNF ( 06-10-2010 )
A necessidade seria superar o medo e começar a exploração submarina.
Logo descobriram que, para além do alimento poderiam ter um sustento vendendo produtos que foram tirados: pérolas, nacre, esponjas, corante, etc.
Primeiro cegos com os seus olhos com água, com a sua flutuabilidade positiva, e com curto espaço de tempo submerso, iam tentando descer a profundidades para capturar algo do fundo.
O sucesso levaria a subsequente descobertas: um rudimentar óculo de concha, um pêndulo de pedra que lhe permitiu descer mais fundo e os ensinamentos de pai para filho para melhorar as apnéias.
Em 1933 Corlieu fabricou as primeiras barbatanas de borracha .
Em 1956 chega o neoprene trazido dos EUA pela Beuchat.
A partir do início de 1960 foram sendo aperfeiçoados as espingardas de borracha e ar comprimido.
Em 1946, foi fundado a APS (Associação de Pesca Submarina) de Barcelona, o clube mais antigo do mundo dedicado à Caça Submarina.
Em 1950 foi organizado o primeiro campeonato da modalidade em Tânger.
Em 1951 foi regulamentada a pesca com natação.
Em 1960 é regulamentada novamente.
Em 1967 é fundada a FEDAS (Federação Espanhola de atividades submarinas).
Nos anos 70 acontece uma grande confusão quando misturaram todos os tipos de conceitos: pesca com escafandro,com explosivos, as grandes capturas.
De 75 a 81 são suspensos todos os campeonatos internacionais.
Em 1983, é publicada por ordem do CMAS, O Livro branco sobre pesca sub que colocaria tudo no lugar, deixando bem claro a exclusiva consideração desportiva.
A alta estima sentida pelos ocidentais em desporto, a simbiose entre homens e mar, a disponibilidade de horas de lazer, voltar a navegar, a cultura tradicional do mar Mediterrâneo, em grande parte perdido desde a Idade Média, fizeram com que os nativos desenvolvessem a Caça Submarina.
Franceses, italianos e espanhóis são os maiores praticantes deste belo desporto.
Os grandes avanços que o material submarino teve facilitou o desporto profissional.
Assim apareceram os grandes e lendários caçadores submarinos, incluindo os espanhóis José Noguera e Juan Gomis, o francês e italiano Escaplez Mazzarri e mais tarde apareceram os espanhóis Amengual, Carbonell, March e Vinha que são hoje considerados por muitos a elite do mundo de pesca submarina, e muitos que com eles formam um grupo desportivo difícil de vencer.
Hoje em dia são milhares os pescadores submarinos espalhados pelo mundo.
Ao seu redor foi criado uma próspera indústria que oferece seus recursos humanos para tornar o ser humano uma criatura marinha como os golfinhos, capazes de escapar do mundo e entrar na vida marinha.
Da fria e da escuridão das profundidades, imponderável e flexível em direcção à superfície, sentindo o seu batimento cardíaco na pequena imensidão do mar, à beira do limite respiratório, em violação de todas as regras de sua evolução natural em animais terrestres, o Caçador Submarino sobe com o que captura com o treino e a coragem permitiram-lhe atingir.
O sucesso da sua acção significa que depois de inspirar o ar na superfície, na direção da profundidade, dobra a cintura e levanta as duas pernas, a partir da imersão, vai ao fundo movimentando as barbatanas e encontra um buraco, liga a lanterna , descobre os peixes, mira e dispara; captura as presas para que não se rasguem, garante que o arpão, a linha e a arma não se prendem e lentamente sobe para a superficie.
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